Rosh HaShaná é o Ano Novo Judaico. Diferente do Ano-Novo secular, que é celebrado em muitas partes do mundo ‘civilizado’ com festanças, bailes, bebendo em excesso, assistindo os fogos de artifício na praia ou...
... uma bola descendo no Times Square, em Nova York, o Ano Novo Judaico é celebrado refletindo-se sobre o passado, corrigindo nossos erros, planejando para o futuro, orando por saúde, por um ano doce e celebrando, em família, com refeições festivas.
O Rabino Nachum Braverman, do Aish HaTorá de Los Angeles, escreveu: “Em Rosh HaShaná fazemos um balanço de nosso ano e oramos repetidamente pedindo vida. Como justificaremos mais um ano de vida? O que fizemos com este ano? Foi um período de crescimento, introspecção e interesse pelos demais? Fizemos bom uso de nosso tempo ou o esbanjamos, o jogamos fora? Foi realmente um ano de vida ou meramente um ‘passar de tempo’? Agora é a hora de nos avaliarmos e reordenarmos nossas vidas.
Este processo é chamado ‘Teshuvá’, voltar para casa – reconhecendo nossos erros entre nós e D’us, bem como entre nós e nossos semelhantes. E corrigi-los”.
Em Rosh HaShaná rezamos pedindo para sermos inscritos no Livro da Vida, pedimos por saúde, por sustento. É o Dia do Julgamento. Mesmo assim, nós o celebramos com refeições festivas, na companhia de familiares e amigos. Como podemos celebrar quando as nossas vidas estão suspensas numa balança?
Definitivamente, confiamos na bondade e na misericórdia do Todo-Poderoso. Sabemos que Ele conhece nossos corações e nossas intenções, e com amor e sabedoria decidirá o que é melhor para nós, assim confirmando o Seu decreto para cada um de nós, para este ano que se inicia.
Nas refeições das duas noites de Rosh HaShaná (quarta e quinta-feira à noite, 28 e 29 de setembro) há o costume de mergulharmos a Halá, um pão especialmente trançado, bem como uma maçã em mel, simbolizando nossas esperanças de um ano doce.
Existe um costume de comermos várias Comidas Simbólicas – em sua maioria frutas e vegetais – cada uma delas precedida por um pedido. Por exemplo, antes de comer uma romã, pedimos: “Possa ser Sua vontade... que nossos méritos sejam tantos como as sementes de uma romã”. Muitos pedidos estão baseados em jogos de palavras (em hebraico) entre o nome do alimento e o pedido em si. Como estes jogos de palavras se perdem quando a pessoa não entende hebraico, existem aqueles que fazem seus próprios pedidos.
Outro costume é o Tashlich, um arremesso simbólico de nossas transgressões. Este ano é feito na quinta-feira à tarde, depois da oração de Minchá (a oração da tarde). Entretanto, lembrem-se: estes atos simbólicos servem apenas para ajudar a sintonizarmos com o que precisamos fazer da vida, para despertar nossas emoções e paixões. Não são um fim em si e com certeza não são o ponto principal de Rosh HaShaná.
[ Fonte: Semanário Meor Hashabat - O Mais Popular Semanário Eletrônico Do Mundo Judaico! 25 – Elul - 5771 - Aish HaTorá de Rabino Kalman Packouz ]