A ginasta norte-americana Alexandra Raisman classificou sua vitória na final do solo na ginástica artística dos Jogos Olímpicos de Londres como “especial”. Judia, ela praticou sua performance ao som hebraico “Hava Nagila” e, com pontuação de 15.600, levou sua terceira medalha nos Jogos – 40 anos depois do massacre de Munique, nos Jogos de 1972.

Na ocasião, 11 membros da delegação olímpica de Israel foram feitos reféns pelo grupo terrorista palestino Setembro Negro. Diante da ação frustrada da polícia de Munique, os 11 atletas acabaram mortos e episódio entrou para a história como a maior tragédia dos Jogos Olímpicos. Raisman, de 18 anos, se disse orgulhosa do feito.

“A música não era intencional, mas o fato de ser nos 40 anos do massacre é especial e essa medalha de ouro significa muito para mim. Se houvesse um minuto de silêncio, eu teria apoiado e respeitado”, afirmou a jovem ginasta.

O Comitê Olímpico Internacional rejeitou os pedidos para respeitarem um minuto de silêncio durante a cerimônia de abertura dos Jogos. Na prova, inclusive, Raisman derrotou a romena Catalina Ponor, que ficou com a medalha de prata - a diferença foi de 0.600 pontos, uma grande diferença na ginástica.

Catalina ficou famosa entre os brasileiros pelo papel de "carrasca" de Daiane dos Santos nos Jogos Olímpicos de Sidney, em 2004. Ginasta desde os quatro anos de idade, em 1991, ela chegou a abandonar duas vezes a carreira. Ainda nesta terça, ela protagonizou polêmica com Alexandra Raisman na prova da trave.

A romena havia garntido a medalha de bronze - à frente da norte-americana. No entanto, após um pedido de revisão do técnico de Raisman, ela foi ultrapassada e acabou fora do pódio.