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Cineasta pede desculpas por dizer que 'compreende Hitler' | Desculpas não adiantaram e Lars Von Trier é Banido de Cannes

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Cineasta pede desculpas por dizer que 'compreende Hitler' | Desculpas não adiantaram e Lars Von Trier é Banido de Cannes

O cineasta dinamarquês Lars Von Trier pediu desculpas por ter afirmado no Festival de Cannes que "compreendia" Adolf Hitler. A declaração foi dada nesta quarta-feira (18), quando o diretor apresentava seu novo filme na mostra, "Melancolia".


"Se eu ofendi alguém esta manhã com as palavras que disse na coletiva de imprensa, peço desculpas sinceras", afrmou o diretor em comunicado oficial enviado à imprensa. "Não sou antissemita ou racista de qualquer maneira, e muito menos nazista", destacou.


A declaração foi dada quando o cineasta foi questionado pelos jornalistas sobre supostas afirmações que teria dado a respeito do nazismo. Em tom de deboche, Von Trier disse: “Por um tempo, eu sempre gostei de pensar que fosse judeu, mas depois descobri que minha família era alemã e que na verdade eu era nazista, o que também me deu um certo prazer. O que posso dizer é: eu entendo Hitler. Claro que ele fez algumas coisas erradas, mas eu entendo o homem, simpatizo um pouco com ele. Não pela Segunda Guerra. Não sou contra judeus. Mas os israelenses são um pé no saco...”, provocou. "Como posso sair dessa agora? OK, eu sou nazista”, disparou.


Estrelado por Kirsten Dunst, Charlotte Gainsbourg e Kiefer Sutherland, "Melancolia" conta “uma bonita história sobre o fim do mundo”, o que no universo do diretor deve ser recebido com uma dose de desconfiança. Belas são as atrizes, a luz e a música do filme, mas o drama é denso e o gosto que fica ao final do filme, para lá de amargo.


[ Fonte: http://g1.globo.com/festival-de-cannes/2011/noticia/2011/05/cineasta-pede-desculpas-por-dizer-que-compreende-hitler.html em 18/05/2011]



Lars Von Trier é banido de Cannes


Organizadores do festival condenaram comentários do diretor dinamarquês, que disse na quarta-feira ser nazista e entender Hitler

As desculpas não adiantaram. Depois de falar durante entrevista coletiva ontem que entendia Hitler, o diretor dinamarquês Lars Von Trier foi banido do Festival de Cannes. De acordo com um comunicado divulgado hoje pelos organizadores do evento, desde já o cineasta é "persona non grata" no festival.

O Conselho de Diretores de Cannes realizou uma reunião extraordinária nesta quinta-feira para debater os comentários de Von Trier. Ao falar com jornalistas sobre seu filme na competição oficial, "Melancolia", o cineasta se complicou ao falar da influência germânica em sua vida. “Eu achava que era judeu, era muito feliz por isso. Mas aí descobri que era nazista, quer dizer, minha família era alemã”, disse. “Eu entendo Hitler. Claro que ele fez algumas coisas erradas. Mas eu o compreendo. Claro que não sou a favor da Segunda Guerra, não sou contra judeus, nem Susanne Bier [a diretora de “Em um Mundo Melhor”, que lança filmes pela produtora de Von Trier], Israel é complicado. Mas e agora, como termino essa frase?”

Segundo o comunicado, Cannes lamenta que o festival tenha sido usado para "expressar comentários que são inaceitáveis, intoleráveis e contrários aos ideiais de humanidade e generosidade" que guiam a existência do evento. "O Festival de Cannes oferece a artistas de todo o mundo um fórum excepcional para apresentar seus trabalhos e defender liberdade de expressão e criação", diz o texto, que condena as falas de Von Trier.

Depois de perceber a má impressão que deixou na entrevista, Von Trier veio a público desculpar-se. "Se eu ofendi alguém esta manhã com as palavras que disse na coletiva de imprensa, peço desculpas sinceras", afirmou o diretor em um email enviado à agência de notícias AFP ."Não sou antissemita ou racista de qualquer maneira, e muito menos nazista", disse.

O diretor dinamarquês ganhou a Palma de Ouro em 2000 com "Dançando no Escuro" e já havia concorrido outras oito vezes ao prêmio – tradicionalmente, Cannes servia como plataforma de lançamento de seus filmes. Polêmico, Von Trier foi um dos fundadores do Movimento Dogma, que impunha diversas regras para a produção de longas-metragens. Entre seus trabalhos estão "Europa" (91), "Os Idiotas" (98), "Dogville" (2003) e "Anticristo" (2009).


[ Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/cannes/lars+von+trier+e+banido +de+cannes/n1596964441212.html em 19/05/2011]



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