Sunday, February 23, 2025 • 25 Shevat 5785 • כ"ה שבט ה' תשפ"ה |
É obrigatório, mas mais da metade dos passageiros que andam no banco de trás dos carros não usam o cinto de segurança. Com a chegada das férias, o movimento nas estradas cresce, e deve aumentar também a preocupação com os acidentes.
Uma pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2010 mostrou que 62,7% dos passageiros que andam no banco de trás dos carros ou vans não usam o cinto de segurança. No banco da frente, o número cai para 27,8%.
O cinto nunca pode ficar na altura do pescoço, seja do passageiro ou do motorista, da criança ou do adulto. Presilhas para deixá-lo mais folgado também devem ser evitadas, pois reduzem a eficiência do cinto. Outra dica é usar sempre o cinto de três pontas, que protege o tórax e o abdômen – infelizmente, muitos modelos de carro, principalmente os mais velhos, não têm esse tipo de aparato no banco de trás.
A preocupação maior é com as crianças, já que acidentes de trânsito são a maior causa de morte para pessoas entre cinco e 14 anos. Antes dos dez anos, elas não podem andar no banco do copiloto. Abaixo disso, há orientações sobre como transportá-las, dependendo da idade e/ou do peso.
Até completar um ano (9 kg), as crianças devem andar em assentos infantis instalados com leve inclinação no sentido inverso ao da posição normal do banco do veículo. Depois, entre um e quatro anos (cerca de 18 kg), o assento deve ficar na posição vertical, voltado para o painel dianteiro, sempre que possível mantido na posição central do banco traseiro. Até os dez, o correto é utilizar um assento de elevação, em conjunto com o cinto de segurança. Nenhum assento infantil deve ser colocado no banco dianteiro.
Quando a criança puder utilizar o cinto de segurança – de três pontas –, uma faixa deverá passar sobre o ombro e, diagonalmente, pelo tórax, enquanto a outra deverá ficar apoiada no quadril ou na parte de cima das coxas.
Até os 14 anos, idade em que já é permitido andar no banco da frente, o sistema de airbag deve ser desativado, pois ele pode ser mais perigosos para as crianças que um acidente em si.
Airbag é feito para adultos e pode ser perigoso para as crianças
O airbag ele é feito para adultos e não deve ser utilizado com crianças. Sua função é absorver o impacto na altura do peito e, no caso dos mais novos, atingiria o rosto. Isso gera dois problemas: a pancada que ele dá quando abre pode machucar as crianças, que, além disso, ainda podem ser sufocadas pelo saco de ar.
Esse é mais um motivo para que as crianças não andem no banco da frente. Contudo, a legislação permite que menores de dez anos viajem como copilotos num caso específico: em carros que não têm banco de trás. Mesmo assim, elas devem usar um assento específico e o airbag deve ser desabilitado.
De toda forma, Alessandra destaca que o airbag é a segunda linha de retenção, em caso de acidentes. Ele ajuda, mas, na verdade, é o cinto de segurança o grande salvador de vidas.
Por isso, é o cinto quem merece todas as atenções do motorista. Quando há um acidente, ele deve ser trocado – o que também vale para as cadeirinhas das crianças. O cinto sofre ainda um desgaste natural no tecido e na fivela, e deve ser trocado quando estiver velho.
Apesar do padrão feito por idades, as crianças devem usar assentos de acordo com o peso. Se a criança é maior ou menor que o padrão da sua idade, se adapta ao dispositivo adequado. Isso não quer dizer, porém, que uma criança com crescimento precoce possa andar no banco da frente. Antes dos dez anos, ela não tem maturidade física, ainda é muito frágil, e sua estrutura óssea/muscular oferece riscos em caso de colisão.
Vale destacar também que os assentos infantis não pode ser usada com o cinto de segurança de dois pontos, principalmente o de elevação – usado por crianças com entre quatro e dez anos. Por isso, é importante instalar o cinto de três pontos, nos carros que não têm. O procedimento deve ser feito em concessionárias autorizadas.
Alessandra falou também sobre o uso do cinto de segurança nos ônibus. Nos veículos de viagem, o uso é essencial. Em caso de colisão, uma janela pode estourar e o passageiro sem cinto é arremessado para fora.
No transporte coletivo, é raro encontrar cintos de segurança, não apenas no Brasil. No entanto, a velocidade é bem menor, o que diminui os riscos. Além disso, o “efeito sardinha” de um ônibus lotado faz com que o impacto seja menor.