As formigas nos ensinam a sermos trabalhadores, as abelhas nos ensinam a sermos produtivos, e lagartas ensinam que podemos mudar...

Insetos: Seu Lugar no Judaísmo

As formigas nos ensinam a sermos trabalhadores, as abelhas nos ensinam a sermos produtivos, e lagartas ensinam que podemos mudar. A floresta gigante da vida de um inseto para nós não passa de um gramado, e lembrar que há um Ser que está além de nosso alcance mantém-nos humildes. (Isso não quer dizer que devemos nos sentir negativos, como insetos inferiores - pelo contrário, devemos simplesmente lembrar que não sabemos tudo, e devemos empinar o queixo e fazer o melhor que pudermos.)

Muitos insetos são uma praga, mas sem eles, a vida não seria a mesma. As abelhas nos fornecem o mel, o bicho-da-seda produz seda. Segundo o Midrash, uma aranha certa vez salvou a vida do Rei David tecendo uma teia sobre a entrada de uma gruta na qual ele acabara de entrar, afastando seus perseguidores que raciocinaram que ele não poderia ter passado por aquela teia sem destruí-la. E um exército incrivelmente grande de formigas destruiu uma enorme colina dominada pelo gigante bíblico Og, cada uma agarrando um grão de terra e carregando-o para longe.

Embora estes besouros bíblicos possam deixar você de olhos esbugalhados, insetos, vermes e todas as criaturas rastejantes são consideradas tamê, ou espiritualmente impuros, pela Torá, com poucas exceções. Mesmo assim, a proibição de tortura animal aplica-se a pequenos insetos também - você pode pisotear formigas, matar moscas, jogar veneno em spray ou iscas para baratas, e fazer de tudo para ficar livre das pragas, mas não pode atormentá-los apenas por diversão. Quando precisar matá-los, a Torá aconselha a fazê-lo de maneira rápida e indolor.

Quais são as mitsvot relativas aos insetos?

1 - Criaturas aladas

Comer moscas, pulgas, abelhas, vespas, marimbondos, formigas aladas e qualquer inseto alado é considerado ilegal pela mitsvá negativa no 175. Quem o faria, de qualquer forma? Oh, você ficaria enojado e surpreso - em algumas culturas antigas, e mesmo em algumas atualmente, comer certos insetos é tão normal quanto comer fungos, o que a maioria de nós aceita. (Cogumelos, lembra-se?) Por esta razão, a Torá na verdade permite algumas espécies de gafanhotos, instruindo-nos na Mitsvá Positiva no 151 a procurar um excelente gafanhoto casher - deve ter quatro patas, quatro asas em toda a extensão do corpo, e pernas adicionais conjugadas acima das pernas que andam. Mas este tipo de iguaria é quase desconhecido nos círculos judaicos dos dias de hoje.

2 - Coisas rastejantes e viscosas

A Mitsvá Negativa no 176 considera ilegal comer formigas, besouros, baratas, larvas, vermes (isso está ficando grosseiro) ou tudo que rasteje, deslize sob ou sobre o solo. Como todas as outras mitsvot (exceto adultério, assassinato e idolatria), você pode violar a mitsvá dos insetos se sua vida depender disso. Portanto, se acontecer de você ser alvejado em uma guerra por aí e não puder encontrar comida, exceto formiguinhas, - bom apetite.

3 - Coisas que se reproduzem em lugares pouco recomendáveis

Todos conhecemos o verme da maçã e os vermes da comida apodrecida. É duvidoso que você queira comê-los, mas caso quiser, as Mitsvot Negativas no 177-178, respectivamente, proíbem comer qualquer uma das criaturas acima mencionadas que crescem em frutos ou sementes, ou que procriam em esporos e se desenvolvem em lixo orgânico.

[ Fonte: Chabad.org - http://www.pt.chabad.org/library/article_cdo/aid/618388/jewish/Insetos-Seu-Lugar-no-Judasmo.htm ]

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