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A História de Rabi Shimon bar Yochai - Resumo para Lag BaÔmer

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A História de Rabi Shimon bar Yochai - Resumo para Lag BaÔmer

Em Lag Baômer comemoramos a data de falecimento do grande mestre e Kabalista Rabi Shimon Bar Yochai, um dos 5 grandes alunos de Rabi Akiva após a morte de seus outros 24 mil alunos em um catastrófica epidêmia. Conheça em resumo a História do homem que viviu por 13 anos em uma caverna, mais de 1800 anos atrás.


Era uma vez um grande sábio cujo nome era Rabi Shimon Bar Iochai (R’ashbi). Tinha um filho, também justo, cujo nome era Elazar. Rabi Shimon Bar Iochai e seu filho estudavam Tora dia e noite.

Naquele tempo governavam, na Judéia (Israel) os romanos. Isto era muito ruim para os judeus, já que os romanos causaram muitos problemas e baixaram diferentes e estranhos decretos sobre os judeus.

Certa vez, decretaram que os judeus não mais poderiam estudar Tora; noutra, ordenaram não observar o Shabat. Os romanos sempre pensavam como poderiam atrapalhar mais aos judeus, no cumprimento de suas mitzvot. E quem não os escutasse, ou falasse algo contra eles, receberia um castigo duro. Por isso, os judeus temiam-os e não queriam dizer nada contra.


Certa vez estava Rabi Shimon Bar Iochai sentado com outros dois sábios de Israel, Rabi Iehuda e Rabi Iossef; conversando a respeito dos decretos que lhes haviam sido impostos pelos romanos.

Disse, então, Rabi Iehuda: “Também coisas agradáveis nos fizeram os romanos”: Construíram caminhos e lojas, pontes e piscinas.

Escutou Rabi Iossef estas palavras e calou-se. Não queria desacreditar dos malvados romanos, mas teve medo de falar contra eles. Mas Rabi Shimon Bar Iochai não temia. Lembrava-se todas as desgraças que os romanos traziam aos judeus: O Beit Hamikdash, queimaram; Dos sábios que estudavam Tora não tinham pena e não lhes permitiam cumprir as mitzvot da Torá. Respondeu Rabi Shimon Bar Iochai: “Esses romanos são malvados, e
tudo o que fizeram foi só para seu próprio bem; todos estes decretos que baixaram são ruins para nós”.

As palavras de Rabi Shimon Bar Iochai chegaram aos ouvidos do tzar romano; este ficou muito bravo com Rabi Shimon Bar Iochai e, imediatamente, mandou matá-lo.

Ao escutar isto, Rabi Shimon Bar Iochai escondeu-se no Beit Hamidrash com o seu filho Elazar. Dia e noite, Estudavam a Tora no Beit Hamidrash sem saírem de lá, para que os romanos não os vissem nem descobrissem seu esconderijo.

Às escondidas, a esposa de Rabi Shimon Bar Iochai lhes trazia pão para comer e água para beber.
Assim, passou um tempo até que Rabi Shimon Bar Iochai soube que os romanos dobraram suas buscas, e
entendeu que caso não se escondesse num lugar mais seguro, os romanos poderiam capturá-lo.

Fugiram, então, dali, Rabi Shimon Bar Iochai e seu filho para um lugar longe, longe, até a floresta Pekiin. Lá, esconderam- se numa caverna e ninguém sabia onde estavam. De onde tinham comida para comer nessa caverna? Afinal, ninguém sabia que lá se encontravam…

D’us lhes fez um grande milagre! Ao lado da caverna, da noite para o dia, cresceu uma árvore de alfarroba e, nela, cresceram frutas maduras. E de onde tinham água para beber? Quando entraram na caverna, ouviram um
barulho shik, shak, shik, shak... De água! Que grande milagre D’us lhes fez? Uma fonte de água pura e doce saía da caverna.

Alegraram-se Rabi Shimon Bar Iochai e seu filho e agradeceram a D’us, o Santo, Bendito seja! por Sua bondade. Comeram dos charuvim, beberam da água da fonte e cuidaram de suas roupas, para que não se rasgassem, já que não tinham outras roupas para se trocarem. Seus corpos emagreceram, mas eles nem se importaram com isso, já que, na caverna, podiam estudar Tora sossegados. Nesse lugar, ninguém os atrapalhava; assim, puderam aprender (muito) e conseguiram entender coisas que outros sábios não entenderam.

Estiveram na caverna por 12 anos e Eliahu Hanavi ia até onde estavam e lhes contava segredos da Tora. Passados 12 anos, veio Eliahu Hanavi, parou na frente da caverna e lhes disse:
- “Quem avisará Rabi Shimon Bar Iochai que o rei romano morreu e o decreto foi cancelado?” Ouvindo isto, Rabi Shimon Bar Iochai e seu filho se alegraram muito e abandonaram a caverna.

Ao saíram da caverna viram o quê? Viram pessoas muito ocupadas, fazendo trabalhos difíceis, arando e plantando todo o dia: “Como é que podem fazer isto? Todo o dia só trabalhar e não estudar Tora?” Ouviu Rabi Shimon Bar Iochai uma voz dos céus que lhe disse: “Voltem para a caverna”. Voltaram Rabi Shimon Bar Iochai e seu filho para a caverna e ficaram lá mais um ano.

Passado este ano, ouviu Rabi Shimon Bar Iochai outra voz dos céus, que lhe disse: “Saiam da caverna!”
Saíram então, Rabi Shimon Bar Iochai e seu filho da caverna. E o que foi que viram? Um homem idoso; em suas mãos, dois pacotes com mirtos [folhagens]) cheirosos, e o homem corria porque era véspera de Shabat e, em pouco tempo, o Shabat começaria!

- “O que são estes mirtos nas suas mãos?” perguntou-lhe Rabi Shimon Bar Iochai.
- “Em honra do Shabat!” respondeu-lhe o homem idoso.
- “E por que precisa de mirtos?”
- “Estes dois mirtos” respondeu-lhe o homem idoso,
- “são um pela palavra lembrar e outro, pela palavra cuidar, no sentido de observar o dia do Shabat.

Alegrou-se Rabi Shimon Bar Iochai muito e falou para o seu filho: “Olhe como bnei Israel gostam das mitzvot e como as observam! Se for assim, vale a pena sairmos da caverna para ficar junto aos bons judeus. Voltaram Rabi Shimon Bar Iochai e Rabi Elazar, seu filho, a morar com os judeus e ensinaram-lhes a entender os ensinamentos da Tora, assim como eles mesmos conseguiram estudar e entender quando estavam na caverna.

E foi desta forma que muitos judeus começaram a estudar e entender os grandes ensinamentos da Tora.
E devido a este grande justo, Rabi Shimon Bar Iochai, que trouxe muita luz ao mundo, luz da Tora, aconteceram coisas boas para os judeus. Nos dias de Rabi Shimon Bar Iochai, não foi visto o arco-íris. Este é um bom sinal para os judeus, já que D’us, o Santo, Bendito seja! defende- os devido ao grande justo.

No dia de Lag Baomer, morreu o justo Rabi Shimon Bar Iochai. Antes da sua morte, ensinou muitos segredos da Tora a seus discípulos; deu-lhes, também, o Livro Sagrado que redigiu, o Sefer haZohar, livro base da Kabalá Judaica.

Rabi Shimon bar Yochai

Rabi Shimon bar Yochai, um dos sábios mais importantes na história judaica, viveu há cerca de 1800 anos. Existem muitos ensinamentos em seu nome na Mishná, Guemará e Midrashim, enquanto que o Zohar, a fonte fundamental da Cabalá, é construído ao redor das revelações de Rabi Shimon ao seu círculo de amigos íntimos.

Durante as horas que antecederam seu falecimento, em Lag Baômer, ele revelou os segredos mais "sublimes" da Torá para assegurar que este dia seria sempre uma ocasião de grande júbilo, intocado pela tristeza por causa do período de Ômer e luto por ele. A importância fundamental do Zohar no pensamento judaico e a peregrinação anual a Meron, em Lag Baômer, são testemunhos de seu sucesso.


[ Fonte principal: Livreto Chaguim Laktanim - Lag Baomer - Escolas e Agência Judaica ]


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