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Rabino Yosef Tawil - Hashgachá Pratit (Divina Providência) em Sto. André - Uma História Real e Atual em 2011

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Rabino Yosef Tawil - Hashgachá Pratit (Divina Providência) em Sto. André - Uma História Real e Atual em 2011

Uma historia real que aconteceu na ARISA - Beit Chabad de Sto. André no dia 17 de maio de 2011. Uma incrível História com o Rabino Yossef Tawil que demonstra a luta de um Rabino e a Divina Providência em ação,


HISTORIA BRILHANTE DE HASHGACHA PRATIT (DIVINA PROVIDÊNCIA)

por Rabino Yosef Tawil

Uma historia que aconteceu na Sinagoga Beit Chabad de Santo André  (ARISA) no dia 17 de maio de 2011.


Tudo começou no dia 12 de maio de 2011 (quinta feira), a cozinheira da sinagoga estava no supermercado comprando verduras e produtos para o Shabat em S. André , quando uma mulher se aproximou e lhe perguntou se ela tinha um restaurante, por estar comprando muitas verduras. A cozinheira lhe respondeu que trabalhava em uma instituição israelita. A mulher então lhe disse que seu marido era judeu, se tornaram amigas e trocaram telefones. No dia seguinte a cozinheira me comentou o fato e eu lhe disse que na semana iria averiguar se essa pessoa era realmente judeu para convidá-lo à sinagoga.


Quatro dias depois (16 de maio) na terça-feira seguinte, a mulher liga para a cozinheira convidando-a para ir ao velório do marido que falecera, e seria sepultado no Cemitério Jardim da Colina naquele mesmo dia. Eu (Rabino Yosef Tawil) acabara de chegar ao Beit Chabad de S. André quando a cozinheira comentou o ocorrido, e naquele mesmo instante estava comigo um casal de irmãos que vieram para uma aula e comentei com eles o que aconteceu, e que necessitava saber com urgência se ele era judeu ou não para que pudesse ser enterrado em um Cemitério judaico.

 E por hashgacha pratit (Divina Providência) eles conheciam o pai dessa pessoa e confirmaram que era judeu.


Naquele instante telefonei para a mulher e com muita clareza expliquei para ela que o marido tinha que ser enterrado num Cemitério judaico e que seria muito importante para o descanso de sua alma, e etc... . Fiquei no telefone aproximadamente uns dez minutos para me apresentar e explicar sobre a divina providência, dizendo-lhe que o marido tem um mérito enorme, para que D´s fizesse duas pessoas se encontrarem no mercado e quatro dias depois a pessoa falece. Tudo isso aconteceu para que o esposo pudesse ser enterrado no Cemitério Israelita. A esposa estava emocionada e praticamente convencida e como nada negava parecia estar convencida, até que ela disse que iria falar com um amigo do falecido para ter uma outra opinião, já que estava tudo pronto para ser enterrado no Cemitério Jardim da Colina e me pediu para ligar em quinze minutos.


Naquele momento não pensei duas vezes, peguei duas pessoas do Beit Chabad de S. André e pedi para que me levassem ao Cemitério Jardim da Colina em S. Bernardo do Campo, pois precisava tratar pessoalmente de um caso tão delicado como esse. No meio do trajeto o amigo do falecido me liga e se apresenta como espírita, agradece pela preocupação, mas queriam fazer o desejo do falecido, de ser enterrado naquele cemitério e começou a explicar-me que o que vale é a alma e não o corpo e outras coisas mais. Respondi a ele que não tínhamos tempo para discutir e que para ele tanto faz ser enterrado num cemitério judaico ou não judaico, mas para nós judeus, é muito importante ser enterrado num Cemitério Israelita. Estive com ele ao telefone por uns dez minutos tentando explicar-lhe a importância e pedindo-lhe para aconselhar a esposa de que ele deveria ser enterrado no Cemitério Judaico.


Quando cheguei ao velório, pois foi a primeira vez que entrei, visto que para mim isso era um problema, porque sou um Cohen. Vi que era um salão enorme com várias salas e me dirigi à sala do falecido, mas não adentrei ao recinto e logo saiu à esposa e o filho único de 31 anos. Apresentei-me à esposa e lhe falei da importância do enterro ser segundo as leis judaicas.


Para a minha surpresa, as palavras da esposa estavam bem diferentes das palavras que havia dito ao telefone e começou a falar como o amigo que lhe havia dado o conselho de enterrar lá mesmo. Eu comecei a explicar tudo de novo e implorei, pois isso iria trazer um beneficio enorme para a alma de seu marido, mas ela estava irredutível. O filho parecia apreensivo naquele momento. Então comecei a investir minhas palavras no filho, lhe expliquei que não iriam ter nenhum problema com os custos, pois eu iria arcar com todas as despesas, mas a mãe não queria saber de nada e até levou o filho de volta para sala do velório para não conversar mais comigo. Antes ela pediu se eu poderia fazer uma oração ao lado do caixão, e eu disse que a oração teria que ser feita no cemitério judaico.


Naquele momento eu estava arrasado, D só queria que eu cuidasse para que ele fosse enterrado num cemitério judaico e eu me perguntava como que depois de sucessivas Hashgacha Pratit (Divina Providência), uma após a outra, tudo iria por água abaixo e como não seria enterrado no cemitério Judaico, D'us me livre!


Resolvi que não iria embora e fui me sentar em um banco ao lado do salão, quando tive a ideia de pedir a uma das pessoas que foram comigo para ir ao lado do caixão para recitar Tehilim, já que eu como Cohen não poderia estar ao lado. Essa pessoa foi até o falecido e recitou um capítulo do Tehilim e todos se levantaram em respeito. Quando ele retornou, me disse para irmos embora, pois não havia mais o que fazer. Naquele instante resolvi voltar ao salão e deixar meu cartão de visita, caso mudassem de idéia, poderia me ligar imediatamente, apesar de que o sepultamento seria em três horas.


Quando cheguei para dar o cartão pensei que a esposa e o filho não sairiam para me receber, mas o filho saiu e pegou meu cartão e disse algo que no momento não consegui escutar. Eu estava transtornado com o fato, mas foi uma oportunidade para conversar novamente com ele sozinho, sem a presença da mãe. Comecei a bombardeá-lo com mais argumentos até que saiu um amigo dele e juntou-se a conversa, esse amigo lhe contou que ele trabalhara com um judeu, estava me ajudando nos argumentos. Nesse instante lhes disse uma frase que mexeu com o filho: “O que vocês decidirem agora, que não se arrependam depois”. E o filho começou a se convencer do fato e eu fiquei eufórico com isso. Depois de cerca de dez minutos, ele aceitou, mas teria que falar com a mãe. Naquele momento fiquei muito apreensivo, mas acreditei que D'us ajudaria. Depois de um tempo a mãe saiu da sala e veio conversar sobre a possibilidade de levar o falecido para ser enterrado no Cemitério Israelita. Sentamos numa mesa e começamos a tratar da documentação. Dirigi-me com o filho até a administração do cemitério e fiz com que eles devolvessem o dinheiro do enterro que estávamos cancelando e agiram muito bem conosco.


Fomos a funerária de S. André para mudar o documento e pedir que um carro funerário levasse o corpo para o Cemitério Israelita.


Tudo isso ocorreu das 10h da manhã até às17h, quando sai da funerária de S.andré, pensei que a historia acabasse por aí, mas teria mais Hashgacha Pratit (Divina Providência)...


O corpo chegou ao Cemitério Israelita do Butantã às 20h e o enterro foi marcado no Embu às 10h do dia seguinte (18/05/2011).


Eis que no enterro aparece o amigo espírita do falecido junto com a família e comecei a conversar com ele sobre a importância de um judeu ser enterrado num cemitério judaico, aí ele falou que é verdade, pois os pais dele foram enterrados no Butantã, eu olhei para ele e disse: mas você e judeu? Ao responder afirmativamente, não discuti mais e lhe perguntei um telefone de algum parente, ele respondeu que só tem uma irmã, e me perguntou por que eu queria seu telefone. E lhe respondi que se por acaso ele fizesse uma bobagem dessas e pedisse para ser enterrado num cemitério não judaico, eu pediria a sua irmã que não deixasse fazer isso, ao que ele brincou e falou: - Mas rabino o Sr. não sabe quem vai morrer primeiro se eu ou a minha irmã e lhe respondi para que não se preocupasse, pois faria esse esquema com sua irmã.


Isso tudo aconteceu para vermos o quanto a divina providência atua de uma forma bem clara nos acontecimentos, um após ao outro e que mesmo nos momentos que achávamos que não teria mais esperanças , Hashem olha nossos esforços e ajuda na hora certa.


Hatzlachá Raba,

Rabino Yosef Tawil

Beit Chabad de Sto. André

ARISA

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