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Anunciado o fim da Nova Escola Judaica: Bialik e Renascença cancelam a fusão

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Anunciado o  fim da Nova Escola Judaica: Bialik e Renascença cancelam a fusão

Após dois anos, o sonho com o objetivo de uma 'Nova Escola Judaica' com a junção dos Colégios e Escolas Renascença e Bialik, chega ao fim.


Confira o comunicado das duas entidades e entenda o que aconteceu.

Leia o comunicado das

O comunicado, divulgado em primeira mão pelo Pletz, informa sobre a ruptura da fusão entre as duas escolas, porém apesar triste a notícia, aprendemos no Judaismo, que tudo o que acontece é para o bem 'Gam Zé LeTová'.

As duas escolas certamente aprenderam muito uma com a outra nestes ultimos dois anos em que estiveram trabalhando em conjunto e como pode-se entender de seus comunicados abaixo, pretendem preservar as melhorias e amplia-las


Comunicado do Colégio Renascença


Concretamente, desde junho de 2008, o Colégio Renascença envolveu-se intensamente no sonho comunitário de união das escolas judaicas para o fortalecimento de um projeto educacional sólido para as futuras gerações. Desde então, passamos a atuar junto ao Colégio Bialik, com um forte trabalho de ajuste pedagógico e administrativo das duas unidades. Aproximar culturas e realidades distintas não é uma tarefa fácil e é necessário vencer interesses individuais em prol de um projeto maior que garanta uma educação em bases sólidas.

Neste processo, 2010 exigia que consolidássemos alguns movimentos, tornando fundamental passos concretos que garantissem mais avanços, principalmente no aprimoramento da excelência pedagógica e o fortalecimento da formação judaica.

Muitos estudos foram realizados, onde elaboramos um planejamento estratégico contemplando mudanças importantes para 2011. No andamento destas discussões, tínhamos como princípio iniciar já no mês de agosto a apresentação desses caminhos que incluíam a busca da sustentabilidade e perenidade do projeto.

No início de julho, um movimento de um novo grupo se incorpora aos atuais mantenedores do Colégio Bialik, e posteriormente os substitui na interlocução com o Colégio Renascença, e decide unilateralmente não continuar com o projeto de fusão.

Conscientes da nossa responsabilidade comunitária, tentamos, por meio de várias reuniões e mediações com este grupo e a FISESP, validar os compromissos assumidos durante todo esse projeto, cuidando para que este não sofresse alterações significativas em seu desenho e comprometesse tudo o que foi feito até o momento.

Na impossibilidade de acordo e considerando que o compromisso maior é com a comunidade do Colégio Renascença e com a evolução contínua do projeto pedagógico, estamos, a partir de agosto, retomando a caminhada, abraçada firmemente nos últimos anos pela Sociedade Hebraico Brasileira Renascença. Buscaremos todos os esforços necessários para continuarmos com os nossos objetivos, dando exemplo à comunidade judaica de São Paulo de uma escola comprometida em capacitar e desenvolver o potencial dos nossos filhos.

O Prof. João Carlos Martins assume unicamente a direção do Colégio Renascença, e com o apoio de toda a equipe pedagógica, não medirá esforços para garantir a continuidade e normalidade dos trabalhos com nossos alunos. Nós, ainda, nos comprometemos a manter as iniciativas de avanço pedagógico implantadas ou em processo de implantação tais como o Centro de Desenvolvimento de Linguagem e Tecnologia, a parceria com o Instituto Weizmann para o desenvolvimento dos profissionais, Projeto Monográfico, Iniciação Científica, Projeto Sangari, Portal Educacional, Educação Para a Vida, Intercâmbios, Certificados de Cambridge, Anglo Vestibulares, Projeto Merchavim, entre outros.

Este é um momento onde a comunidade renascentista deve mostrar a sua força e união em prol da educação judaica de qualidade. Agradecemos a todos pelo compromisso, apoio, críticas, sugestões e, principalmente, pela dedicação ao Colégio Renascença, que, com certeza, continuará fazendo história na comunidade judaica de São Paulo.

Atenciosamente,

Michel Stolar – Presidente da Diretoria Executiva
Jacob Cohen – Presidente do Conselho Deliberativo



Comunicado do Colégio Bialik

Comunicamos o término do processo de fusão entre os Colégios Bialik e Renascença. Esse processo foi decidido há dois anos, por ambas as diretorias, com o objetivo de obter ganhos de escala, melhoria na qualidade e consolidar as atividades em uma sede única, com bom acesso aos públicos das duas escolas. Hoje, após dois anos de esforços de todos para manter a fusão, percebemos que os benefícios esperados não aconteceram. A fusão contribuiu pouco para a melhoria da qualidade do ensino no Bialik; a escola abriu mão do seu Ensino Médio e não obteve ganhos significativos em esferas relevantes.

A unificação das sedes sofreu resistência por parte de ambos os públicos, seja ela feita no Jardim Paulistano ou em Higienópolis. No primeiro semestre foi criado um grupo de trabalho para apontar caminhos para o prosseguimento da fusão em 2011, o qual apresentou uma firme proposta de fechamento da unidade Bialik e integração total em Higienópolis. Esta proposta surpreendeu a diretoria do Bialik, que avaliou profundamente o contexto e apontou alternativas para manter a fusão, sem que a nossa qualidade fosse prejudicada e sem que os pais fossem obrigados a levar seus filhos até Higienópolis para permanecerem na escola

Após negociações claras e amistosas entre o Colégio Renascença, FISESP e o Colégio Bialik, este representado pelos Presidentes de sua Diretoria Executiva e seu Conselho Deliberativo e pelo 1º Secretário do Conselho Deliberativo, tais propostas não foram aceitas. Uma vez esgotadas as possibilidades de acordo, a diretoria do Bialik, que tem como propósito defender os interesses dos pais, entendeu que o melhor caminho era a separação das escolas. Fizemos isso de forma clara e esperamos manter as melhores relações com o Colégio Renascença, cooperando em todas as esferas possíveis, visando o bem comum e a causa da educação judaica.

Futuro

Nossa escola já possui um plano de ação definido e embasado em seu Plano Diretor, que foi construído e validado pela própria comunidade Bialik; ele é um instrumento que baliza as nossas práticas, despertando o comprometimento e a responsabilidade de cada membro da equipe com a proposta e a política educacional da nossa instituição. O compromisso e o envolvimento da equipe se refletem nas práticas junto aos nossos alunos.

A Profa. Patrícia Torralba Horta irá liderar, na Direção Pedagógica, a equipe de profissionais pedagógicos na execução deste plano de ação, que iremos apresentar aos pais em reuniões que serão imediatamente convocadas. Queremos afirmar que a reconhecida qualidade pedagógica do Bialik e as iniciativas implantadas nos últimos anos serão mantidas e incrementadas.

O Colégio Bialik retoma suas atividades com força total, buscando se diferenciar cada vez mais e se estabelecer como uma forte alternativa para uma educação judaica de qualidade, do Infantil ao Ensino Médio. Estamos confiantes de que, com a força e parceria de nossa comunidade, iremos fazer um excelente trabalho.

Jefferson Janchis Grosman – Presidente Diretoria Executiva
Boris Ber – Presidente Conselho Deliberativo
Alexandre Ostrowiecki – 1º Secretário Conselho Deliberativo

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Comentários

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29/07/2010 13:21:29 hoory
Pelo exposto, nota-se que houve incompatibilidade de interesses e decidiu-se pela fissão. Espero que o mesmo não aconteça aqui no Rio de Janeiro com a fusão entre o Barilan e o Talmud-Torah Hertzlia. Nós que moramos na Tijuca agora temos que mandar nossos filhos para Copacabana, numa jornada de quase uma hora, atravessando mais de 3km de túneis e engarrafamentos na zona sul, enquanto tínhamos a escola praticamente ao lado de casa. Não reclamo da qualidade do ensino, pois eu estudei no Barilan e sei muito bem que a qualidade é excelente, mas tenho diversas reclamações quanto ao comportamento dos colegas "sulistas" perante meu filho. Acho as crianças da zona norte mais pacatas e educadas. Nunca fiz reclamações graves sobre o relacionamento interpessoal ou educacional de meu filho quando estudava na Tijuca. Agora, depois de um ano e meio em Copacabana, ele se queixa com frequência, tanto sobre colegas, quanto sobre professoras. Veremos até onde isso dará certo. De uma coisa eu tenho certeza: as crianças das zonas Norte e Sul do Rio são COMPLETAMENTE DIFERENTES.

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