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Pais & Filhos: Como Ensinar os Filhos a Não Brigarem, Vida em Paz e Harmonia

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Pais & Filhos: Como Ensinar os Filhos a Não Brigarem, Vida em Paz e Harmonia

Quando ensinamos nossos filhos a se comunicarem de modo agradável, eles colherão os benefícios de uma vida social bem-sucedida e relacionamentos interpessoais mais satisfatórios. Este é um motivo pelo qual é tão importante ensinar as crianças a não discutirem.


Como Ensinar os Filhos a Não Brigarem


Você gosta de pessoas que vivem discutindo? Provavelmente não, a maioria não gosta. Alguns tipos de comunicação simplesmente nos agradam – quando alguém dá um sorriso, faz um elogio ou concorda conosco. Alguns tipos de comunicação são bem desagradáveis – como quando alguém faz uma crítica ou uma ameaça, ou ainda discorda de nós. Quando ensinamos nossos filhos a se comunicarem de modo agradável, eles colherão os benefícios de uma vida social bem-sucedida e relacionamentos interpessoais mais satisfatórios. Este é um motivo pelo qual é tão importante ensinar as crianças a não discutirem.

No entanto, você pode ter percebido que algumas crianças são “criadores de caso de nascença”. Brincamos dizendo que eles serão excelentes advogados algum dia. Porém, em casa, com aqueles que amamos, as estratégias de comunicação têm prioridade. De fato, na vida judaica, a paz é um bem de tamanho valor que o Talmud nos diz para fugir do conflito como se estivéssemos fugindo do fogo! Somos ainda aconselhados a buscar ativamente a paz por todos os meios à nossa disposição.

Isso tudo funciona muito bem na teoria. É a aplicação prática que torna-se imensamente desafiadora! O problema começa quando seu filho deseja algo que você não quer que ele tenha – um presente, um privilégio ou uma experiência qualquer. A criança pede e você recusa – seja qual for o motivo paterno que você tenha. No entanto, poucas crianças aceitam caladas, agradecendo pela sua consideração ao pedido delas. De fato, a maioria irá pelo menos fazer um pequeno drama: “Por favooooooor? Só dessa vez? Prometo que nunca mais vou pedir nada! Por favoooooooor?!”

Se você recompensar a criança mudando de ideia depois que ela insistiu por muitos minutos, horas e dias, você está mostrando a ela que discutir vale a pena.

Os não-argumentadores geralmente deixam isso assim mesmo. Os pais dizem “não” duas vezes e este é o fim da conversa. Talvez o jovem desapontado fique amuado durante algum tempo, mas ele ou ela é capaz de deixar passar. Os verdadeiros argumentadores, por outro lado, não deixam os pais em paz com tanta facilidade. Mesmo depois de ouvirem “não” duas vezes, o argumentador vai perseverar, dizendo à sua própria maneira que quer dizer: “Por que não? Posso dar uma resposta a todas as suas preocupações. Dê-me apenas uma chance. Seu raciocínio está errado. Na verdade não há qualquer problema. Deixe-me mostrar como meu plano pode dar certo.” Esta criança tem todas as bases cobertas; derruba as suas defesas uma a uma. Tem resposta para tudo, até que finalmente, quando você está esgotado pela conversa, acaba concordando em fazer as coisas – à maneira de seu filho.

Infelizmente, se você recompensa seu filho mudando de ideia depois que ele insistiu durante muitos minutos (ou, horas, dias) você está apenas mostrando a ele que a perseverança (leia como “argumentar”) vale a pena. A criança aprende que, embora possa exigir algum esforço por parte dela, no final consegue sempre o que quer se estiver preparada para argumentar. O problema é que ele se torna cada vez mais especialista em conseguir o que deseja, e ao mesmo tempo fica cada vez mais esperto em alienar as pessoas. Lembre-se: sua meta é ensinar ao seu filho como ser uma pessoa agradável, não como conseguir o que deseja.

Para isto, você pode ensinar a ele a Regra “Eu não discuto com você”. Funciona mais ou menos assim:

1 – Seu filho faz um pedido

2 – Você responde “Sim” e isso encerra a conversa. Ou, você responde “Não”, oferecendo apenas um breve motivo. Fim do Primeiro Round.

3 – Seu filho pede novamente.

4 – Você diz “deixe-me pensar a respeito” (pelo tempo que você precisar, considerando a questão. Certifique-se de estar confortável com a resposta que escolher). Então você muda de ideia se desejar (este é o ÚNICO ponto na conversa em que você pode fazer isto) e agora você diz “Sim.” Ou, você confirma seu “Não”. Você tem outra opção de acrescentar a frase: “E isso é o final da conversa.” Fim do Segundo Round e Fim da Sua Parte na Conversa. Comece a fazer outra coisa.

5 – Seu filho continua a mostrar pontos novos e interessantes, construindo um argumento para o lado dele. Cada frase é um novo Round. Ele fica rodeando você, implorando dramaticamente seu caso. Você não lhe dá resposta.

Se essa rotina acontece toda vez que seu filho faz um pedido, ele ou ela logo aprenderá que você dará atenção seria ao assunto, dará uma resposta, refletirá sobre ela se necessário e PONTO FINAL. A criança vai aprender que não adianta ficar insistindo com você porque isso não fará qualquer diferença. Você pode levar os debates a tópicos interessantes à mesa do jantar, a respeito de assuntos políticos, sociais, religiosos e filosóficos. Haverá tempo suficiente para falar à vontade! Porém seu filho aprenderá a não ser um argumentador quando se tratar de comunicação interpessoal. Seu lar (e o lar de seu filho quando adulto!) será abençoado com a paz.


Artigo de Sara Chana Radcliffe


[ Fonte: http://www.chabad.org.br/biblioteca/artigos/brigar/home.html ]


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