Domingo, 23 de fevereiro de 2025 • 25 Shevat 5785 • כ"ה שבט ה' תשפ"ה |
O Governo de Israel suspendeu diálogo com a União Européia, por considerar a decisão do órgão internacional uma forma de discriminação.
O governo de Israel suspendeu relações políticas com a União Europeia após a medida, anunciada na quarta-feira (12), que aprovou etiquetar produtos das colônias israelenses nos territórios ocupados desde 1967. A decisão israelense, em São Paulo, foi anunciada pelo cônsul-geral de Israel, Yoel Barnea.
— Há 80 anos os judeus eram marcados no Holocausto. Hoje são mais gentis, marcam os produtos. É uma atitude discriminatória. O Estado de Israel tomou a medida de suspender o diálogo político com a União Europeia.
Em reunião para apresentar à imprensa a versão israelense dos conflitos no Oriente Médido, nessa quinta-feira (13), Barnea afirmou que o país busca um acordo de paz desde que a existência de Israel seja respeitada.
Nesse momento, ressaltou o cônsul, não há nenhum avanço nas negociações. Pelo contrário, a tensão aumentou entre as duas partes, quando ataques de cidadãos árabes a israelenses, com facas e por meio de atropelamentos, se intensificaram nos últimos tempos, fazendo o governo do país tomar medidas criticadas pela comunidade internacional.
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Barnea voltou a se queixar da postura da imprensa em geral que, na sua visão, se utiliza de dois pesos e duas medidas nas críticas a Israel.
— É importante relatar os acontecimentos em Israel, a morte de um palestino. Por que não vemos condenações ao que está acontecendo na Síria, com um massacre de 250 mil pessoas? Não há proporcionalidade na crítica ao Estado de Israel.
Sobre a etiquetagem dos produtos, ele afirma que os maiores prejudicados são os trabalhadores palestinos.
— Nas empresas situadas na região, há mais de 15 mil palestinos com salário médio duas vezes maior do que no mercado palestino. As empresas poderam fechar ou reduzir produção o que trará um acréscimo do desemprego (na região). Em relação à economia Israelense, essa decisão não é um problema grande, já que a região representa uma produção pequena. Há um prejuízo no sentido da propaganda negativa, mas o prejuízo econômico fica mais com os palestinos.
Na reunião dos comissários do Conselho Europeu, um total de 28, a medida foi aprovada com o argumento de que as colônias de Israel na Cisjordânia, Jerusalém Oriental e Colinas de Golã, são ilegais e violam o direito internacional.
Fonte: [ noticias.r7.com ]