O último dia de Marcha em apoio a liberdade de Gilad Shalit em seu décimo segundo dia, quinta-feira 08 de Julho de 2010 contou com um total de aproximadamentre 20 mi pessoas (200 mil pessoas no total) que recepcionaram e se juntaram aos pais de Gilad em apoio à sua liberdade, prisioneiro do Hamas desde 2006. 

A etapa final da Marcha iria se concentrar na frente da residência do primeiro-ministro, onde os pais de Shalit pretendem acampar até o retorno de seu filho hoje com 23 anos, para pressionar de algum modo pacifico que o governo aceite os termos do Hamas pela liberdade de seu filho.

Em Jerusalém, o Gan Haatzmaut (Parque da Independência) estava lotado de adultos, crianças, idosos, grupos juvenis, de várias 'segmentos' políticos e religiosos.

Os participantes em apoio não paravam de chegar, não apenas de Jerusalém, mas também de kibutzim do sul, centro e norte, até de Naharia, do extremo norte do país, entre outros. Muitos seguravam faixas amarelas, cartazes, e camisetas.

Houveram vários discursos emocionante. Um senhor que em 1973 foi raptado pelos Sírios durante a guerra de Yom Kipur e esteve no cativeiro, em Damasco, por 6 meses, contou que só conseguia contar os minutos, um atrás do outro, e enquanto passou boa parte do tempo em um quarto de 2 metros quadrados, no escuro. E o mais importante para ele era lembrar, todas as noites, que o Estado de Israel não abandona seus cidadãos. Contou também emocionando os presentes que em 1974 chegaram os soldados israelenses a Damasco (Síria), com pão, frango e suco, e cantaram juntos Hatikva, no centro de Damasco. Que é isso o que se espera de Medinat Israel.

Outro discursou sobre seu sequestro quando criança no famoso caso de Entebe, Uganda, e que mesmo por poucos dias de cativeiro, pôde sentitr um pouco do que passa Guilad Schalit há 4 anos, e de todo apoio psicológico que recebe até hoje pelo trauma há 30 anos.

Crianças de uma escola fizeram uma breve apresentação, uma menina leu uma carta para Guilad e o cantor Yehuda Poliker se apresentou de forma emocionante.

A mãe de Gilad falou ao grande público "Gilad está com o Hamas há 1.474 dias, dias difíceis, escuros e dolorosos.... Chegou o momento de dizer C-H-E-G-A. 4 anos 'infernais' é muita coisa... A população está falando Bibi, não nos ignore."

Foi uma manifestação absolutamente pacífica, de um povo que exige de seu Estado o compromisso estabelecido por Ben Gurion, de não abandonar os cidadãos de Israel, e de lembrar que ‘Kol Israel Arevim Ze Laze’.

No total, participaram da manifestação pacífica mais de 200 mil pessoas segundo dados da polícia israelense com a transmissão em tempo real por diversas emissoras de Israel.

Os pais de Shalit acamparam na frente da residência de Binyamin Netanyahu que os convidou a entrar as 17:00hs desta sexta-feira dizendo que havia no dia anterior conversado nos Estados Unidos, de onde acabara de retornar de viagem, com pessoas do alto escalão, porém não tinha nenhuma novidade para compartilhar apesar de ser solidário com Gilad Shalit.