Domingo, 23 de fevereiro de 2025 • 25 Shevat 5785 • כ"ה שבט ה' תשפ"ה |
Rav Ovadia Yossef, em vídeo, fala sobre a importância de assuntos Judaicos serem julgados conforme a Halachá, o caso Emanuel, e a união entre Ashkenazim e Sefaradim.
Rav Ovadia Yossef, em vídeo postado por Bechadrei Charedim em 08/07/2010 fala sobre a importancia de assuntos judaicos serem julgados por Batei Dinim que seguem as Leis da Torá, sobre o caso Emanuel e sobre Ashkenazim e Sefaradim onde diz 'Elu va'Elu divrei Elokim Haim'.
Recentemente, um grande tumulto foi gerado em israel em consequencia de uma menina não ter sido aceita numa escola na cidade de Emanuel.
A mídia internacional divulgou, errôneamente, se tratar de um duelo entre Ashkenazim e Sefaradim, uma vez de que a escola era Ashkenazi e a menina Sefaradi. Acontece que naquela mesma escola estudam muitas outras meninas que seguem a tradição Sefaradi e os critérios do não aceite da menina na escola, foram outros que não o divulgado pela imprensa. Além disso, na cidade de Emanuel também existe uma escola para meninas Sefaradi onde a menina poderia ter se dirigido ao invés de ser motivo para tamanha confusão.
Sobre este assunto, o Maran Hagadol Rav Ovadia Yossef Shlita, falou recentemente alguns minutos antes de seu Shiur de Parashat Hashavua em Israel.
Postamos o vídeo publicado por Bechadrei Charedim em 8 de Julho de 2010 e elaboramos abaixo alguns itens abordados pelo Grande Rabino em Hebraico.
a) Até 24 anos atrás, quase não haviam escolas do tipo Sefaradi. Os Ashkenazim sempre abraçaram os Sefaradim e ensinaram-os Torá e a eles devemos ser gratos e demontrar haKarat haTov por terem sido a fonte da Torá de hoje.
b) A única Yeshivá na época Sefaradi era Porat Yossef com 70 Avrechim, enquanto os Ashkenazim possuim várias. Só em Ponovitz estudavam na época 500 pessoas.
c) Uma dificuldade de assuntos judaicos, entre 2 Yehudim, não deve ser levado a um tribunal que legisla não conforme as Leis da Torá. O caso Emanuel deveria ter sido levado a um Din Torá.
d) Em Emanuel existe também uma escola Sefaradi para moças, onde 140 moças estudam. Se uma menina não foi aceita em uma escola, que estude na outra que é Sefaradi, ainda mais considerando a menina ser Sefaradi.
e) Existem diversas tradições que diferem entre Sefaradim e Ashkenazim. Os sefaradim seguem o Maran Beit Yossef (Rav Yossef Caro) enquanto os Ashkenazim seguem o Rema (Rav Moshe Isserliss), as vezes o Maran Beit Yossef é Machmir (mais rigoroso) em determinado assunto e as vezes Mekel (menos rigoroso) em outro assunto. Cada escola geralmente ensina os costumes de sua linha de tradição e portanto melhor, se possível, que cada uma estude na escola de sua linha.
f) Um dos exemplos de costumes que são ensinados de forma diferente nas escolas é, e que o Rav Ovadia Yossef diz bater várias vezes nesta mesma tecla, o assunto do acendimento das velas do Shabat.
Enquanto os Ashkenazim precisam primeiro acender as velas para depois fazer a Berachá (para que não seja Chilul Shabat, para os Ashkenazim), para os Sefaradim, este mesmo procedimento acarretaria em Brachá Levatalá (Benção em vão), ou seja, para os Sefaradim, primeiro faz-se a Beracha das Nerot de Shabat e apenas depois se acende as Velas de Shabat.
g) Grandes Rabanim Ashkenazim estudam os livros de Grandes Sábios Sefaradim e Grandes Líderes Sefaradim, inclusive o Rabino Ovadia Yossef, estuda de livros de Grandes Estudiosos Ashkenazim. Como é conhecido na Torá, 'Elu vaElu Divrei Elokim Haim', tanto um quanto o outro são palavras e conceitos divinos.
Que o mérito da união de todo Am Israel, possa aproximar a vinda de Mashiach que todos esperamos.