ISRAEL - Com aumento de até 75% no preço do queijo Cottage em dois anos e outros alimentos lácteos, resultado dos protesto de preços em mídias sociais  é variada, mais de 100 mil pessoas aderem a campanha.

Israel - Um protesto contra o aumento do preço do queijo cottage, alimento mais popular de Israel,  fez com que mais de 100 mil israelenses se reunissem no Facebook para promover um boicote de um mês ao produto.

Após protestos contra o aumento do preço da Gasolina em Israel, é o queijo que esta agora no foco dos consumidores.

Interessante notar que enquanto alguns países utilizam a mídias sociais com Facebook para fins revolucionários nada pacíficos, Israel utiliza as campanhas populares para fins pacíficos como a redução do preço dos queijos.

Israel em comparação a alguns outros países da Europa e Estados Unidos é considerado ser um pouco mais caro por ser uma econômia e país pequeno, por isso israelenses estão acostumados a pagar um pouco mais caro em alguns produtos (já o Brasil é uma case mundial a parte).

A discussão ganhou força e na quinta-feira (12/06/2011) o assunto foi levada ao Parlamento israelense. O governo considera permitir a entrada de outros laticínios estrangeiros para aumentar a concorrência do mercado, diminuindo, assim, os preços.

- Estamos pensando em permitir importações paralelas de laticínios, entre eles o queijo. É a maneira mais segura forçar a diminuição no preço do leite e do cottage - disse o ministro de Finanças de Israel, Yuval Steinitz.

No ano passado (2010), o governo em Tel Aviv removeu o controle do governo sob o valor de alguns produtos alimentícios, o que resultou no aumento considerável dos preços. Um dos produtos mais prejudicados pela medida foi o queijo cottage, um produto comum na alimentação dos israelenses. Desde então, o produto encareceu 75%, de acordo com a agência internacional AP. Um pote de 250 gramas de cottage custa, hoje, em Israel, o equivalente a US$ 2,30 Dolares americanos.

Os consumidores culpam as três maiores empresas de laticínios que controlam o mercado pelo aumento do preço e prometem levar o boicote adiante a partir do dia 1 de julho. Para o organizador do protesto, Yitzhak Alrov, o cottage é "apenas um símbolo" do alto custo de vida em Israel.

- Vamos deixar os produtos apodrecerem nos supermercados até que o preço abaixe - disse Alrov na página que criou no Facebook para o protesto.

A revolta dos consumidores sobre o preço do queijo cottage está mostrando resultados mistos em Israel, com quedas acentuadas na sexta-feira (10/06/2011) em vendas da "coalhada / cottage" que está sendo relatado por duas grandes cadeias de supermercados - e um aumento ainda mais acentuado em um terceiro que se aproveitou (ou unidos ao protesto) - dependendo da perspectiva - para reduzir ou aumentar o seu preço em relação a tabela de mercado devido a manifestação popular nas mídias socias.

A pressão popular surtiu certo efeito. Em um Mega Loja em Shohan na vesperá do Shabat naquela sexta feira, uma consumidor é severamente repreendido por outro com o argumento de estar quebrando o "boicote".

Segundo o "Blue Square" naquela sexta-feira as vendas do Cottage cairam 25% abaixo da média. A Blue Square não se juntou a outros mercados em campanha de redução de preços de queijo cottage e outros produtos lácteos no dias em que ocorreram as manifestações sociais no Facebook, Twitter e outras mídias sociais.

O CEO da Blue Square Zeev Vurembrand disse acreditar que para os varejistas reduzirem os preços precisam trabalhar a demanda e lutar contra o boicote.

Já a cadeia de supermercados cadeia de supermercados "Rami Levi" relatou um salto de 50% em suas vendas de queijo cottage nesta mesma sexta-feira, depois de cortar o preço de NIS 6,5 a 4,9 Shekel para as embalagems de plástico de 250 gramas (o preço estava em torno de NIS 8 Shekel antes da campanha)

Segundo Adi Zim, um proprietário da cadeia de "Hinam Hetzli", disse que seus clientes estavam cortando as compras de Cottage, apesar do corte no preço, para NIS 4.5 Shekel. Ele relatou uma queda de 35% no volume de vendas de queijo cottage na sexta-feira, e uma faixa de 40% nas vendas de um outro lácteo padrão de Israel, o macio, queijo branco, unripened conhecido como "queijo branco."

Zim diz que ele é a favor do boicote por parte dos consumidores: "Eu sou a favor de boicotar qualquer empresa que aumenta os preços sem justificação, e hoje os preços nas lojas são genuinamente injustificáveis eu encorajo o público a continuar o boicote, porque é uma guerra justa. "Zim disse.

O líder da campanha do Facebook Itzik Elrov disse que o grupo (da campanha) está recomendando que os consumidores não pagam mais de 5 NIS (Shekel Chadash) por um recipiente de cottage e queijo branco, a fim de colocar pressão sobre os varejistas que ainda não reduziram os seus preços.

Israel é um dos países que mais tempo permanece em mídias sociais com uma média 10,7 horas por usuário em abril de 2011 de acordo com a comScore, a maior do mundo neste mês seguido por Russia com 10,3 horas e Argentina com 8,4 horas.

No Brasil, o valor dos queijos Kasher é justificável em relação a Israel.

No Brasil o volume do consumo de queijo Kasher é ainda muito menor que em grandes polos Judaicos como Israel e Estados Unidos. Os custos de produção de lotes de leite e lácteos em geral com Selo Kasher, produtos perecíveis, são mais altos, e o volume x demanda x velocidade de consumo é relativamente menor. Além disso o trabalho adicional para sua produção em lotes no Brasil é muito maior do que na produção em larga escala nestes países com maior concentração Judaica e consumidores de produtos com a Qualidade Kosher e Kasher.

Por estes motivos e justificas é comum encontrar Leite e Queijo Kasher de marcas conhecidas ao público comum com preços relativamente mais altos, se o trabalho é grande, o custo de produção de lotes especiais é mais elevado, o frete é também por vezes mais alto, os custos extras com a Certificação e Supervisores (Mashguiach) é alta considerando o volume, o produto é perecível (lotes menores) e o volume do produto é relativamente pequeno para as negociações com os fornecedores / produtores, tudo isto implica na hora do fechamento das contas que é repassado ao consumidor.

Como combater os preços do alimento Kasher no Brasil? Simples. Como disse O CEO da Blue Square Zeev Vurembrand de Israel, Combater os preços com a demanda. Quanto mais pessoas aderirem ao conceito do consumo conciente Kasher e Kosher - uma garantia de Qualidade -  maior o volume e mais margem para a diminuição de preços.

Devemos agradecer aos fornecedores de produtos Kasher no Brasil por prestarem este maravilhoso serviço e viabilizarem produtos para o consumo Kasher para os membros das diversas Comunidades. Quem lembra como era difíciel conseguir ser kasher no Brasil ha 50 anos atrás ou até na últma década?

Página da campanha de boicote no Facebook para o preço do Cottage em 8 Shekel em Israel (Evento de 01 a 31 de Julho de 2011] : http://www.facebook.com/event.php?eid=203744079670103&ref=ts

Grupo Facebook: https://www.facebook.com/home.php?sk=group_160938223972456

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[ Fontes: Time, Ynet, Haaretz, The Wall Street Journal, Arutz 7, Ynet, Yahoo, Jpost, Forward, Market Watch,  Rua Judaica, G1, Koshermap Brasil ]