Domingo, 23 de fevereiro de 2025 • 25 Shevat 5785 • כ"ה שבט ה' תשפ"ה |
Palestra de ex-vítima do Holocausto é interrompida e ela não acredita em quem se levanta da platéia. Emocione-se com esta incrível história.
Francine Christophe nasceu em 1933 e viveu dentro de um campo de concentração de Bergen-Belsen em 1944. Nesse local de sofrimento e torturas, ela presenciou uma história única que a acompanhou durante anos após ser libertada das mãos nazistas.
Junto de sua mãe, Francine presenciou um parto que contava com pouquíssimas chances de sucesso, tanto para o bebê quanto a para a mulher que estava grávida. Mas o ser humano pode tudo, pode muito, quando é movido pelos instintos de proteção e solidariedade. Confira essa história maravilhosa:Francine Christophe nasceu em 1933 e viveu dentro de um campo de concentração de Bergen-Belsen em 1944. Nesse local de sofrimento e torturas, ela presenciou uma história única que a acompanhou durante anos após ser libertada das mãos nazistas.
Junto de sua mãe, Francine presenciou um parto que contava com pouquíssimas chances de sucesso, tanto para o bebê quanto a para a mulher que estava grávida. Mas o ser humano pode tudo, pode muito, quando é movido pelos instintos de proteção e solidariedade.
_________________________________________________________________
"Quando eu estava no campo de Bergen-Belsen, algo incrível aconteceu. Permita-me recordar. Como filhos de prisioneiros de guerra, nós éramos privilegiados. Era permitido que trouxéssemos ao da França. Um pequena bolsa, com dois ou três itens. Uma mulher trouxe chocolate, a outra açúcar, outra um punhado de arroz. Minha mãe embalou dois pequenos pedaços de chocolate. Ela me diss: 'Nós vamos guardar isso para um dia em que nós tivermos entrado completamente em colapso e realmente precisarmos de ajuda. Eu te darei esse chocolate e você se sentirá melhor'.
Uma das mulheres presas com a gente estava grávida. Você não imagina... Ela estava muito magra... Mas o dia chegou e ela entrou em trabalho de parto Ela foi ao hos´pital do campo com a minha mãe, chefe de parte do alojamento.Antes de deixarem o local, minha mãe disse:
- Lembra-se do chocolate que eu estava guardando para você? Como você se sente?
- Bem, mamãe.
- Bem, se está tudo certo com você, eu gostaria de dar o chocolate a essa mulher, nossa amiga Hélène. Dar à luz aqui é difícil. Ela talvez não resista. Se eu der o chocolate, talvez a ajude.
- Sim, mamãe, vá em frente.
Hélène deu à luz. Um bebê tão pequeno. Ela comeu o chocolate. Ela não morreu e voltou ao acampamento. O bebê nunca chorou. Seis meses depois o campo foi liberado. Elas desembrulharam a criança e ela gritou. Foi quando nasceu. Nós o trouxémos de volta para a França.
Alguns anos atrás, minha filha me disse: 'Se vocês tivessem tido apoio de psicólogos ou psiquiatras quando voltaram, talvez seria mais fácil para você'. Eu respondi: 'Sem dúvidas, mas não tivemos. Ninguém pensa em doenças mentais. Mas você me deu uma boa ideia, vamos organizar uma leitura sobre isso'.
Eu organizei a leitura com o tema "Se os sobreviventes tivessem tido aconselhamento em 1945, o que aconteceria?". Atraiu uma multidão. Sobreviventes, historiadores, psicanalistas, psiquiatras, psicoterapeutas. Muito interessante. Então, uma mulher subiu no púlpito e disse: "Eu moro em Marseille, onde sou psicanalista. Antes de começar a minha fala, eu tenho algo para Francine Christophe'. Ela alcançou o bolso e tirou um pedaço de chocolate. Entregou-me e disse: 'Eu sou o bebê'."
Clique aqui para assistir ao vídeo.
Fontes: [ mdemulher.abril.com.br, videosvirais.com.br ]